Estiveram presentes cerca de duzentas pessoas, quase todas técnicas de instituições locais, mas também cuidadores familiares e profissionais de saúde.

A Presidente da Delegação da Madeira, Lúcia Silva Dias, apresentou o enquadramento da problemática do envelhecimento e das demências na Madeira, apontando dados demográficos e a necessidade de se tomar medidas urgentes. Ao Presidente da Direcção Nacional coube apelar aos decisores políticos locais para que reconheçam a importância da Delegação, que a apoiem nas suas iniciativas e que a ajudem a concretizar um objectivo de longa data – a criação de um centro de dia específico para as pessoas com demência.

Tendo como tópicos: a Importância dos Primeiros Sinais, Lidar com a Doença de Alzheimer, Direitos, Investigação e Estratégias Políticas, a conferência Pensar Alzheimer primou pela qualidade dos oradores e das apresentações, bem como pelo interesse manifestado pela audiência. Ficou ainda patente o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pela Delegação junto das pessoas doentes e dos seus familiares. Foram várias as intervenções neste sentido.

O primeiro tema – Importância dos Primeiros Sinais – contou com três diferentes perspectivas complementares: a do médico de família, a do especialista (neurologista) e a de uma cuidadora que prestou um testemunho emocionado e muito esclarecedor.

O segundo painel foi desenvolvido por três psicólogas da Alzheimer Portugal, cada uma apresentando um tema diferente mas todos exemplos de como lidar com a doença de Alzheimer: a formação, a estimulação cognitiva e os grupos de suporte. Foram três demonstrações do trabalho que a Alzheimer Portugal desenvolve a nível central e local.

Seguiu-se o painel dedicado à promoção dos direitos, às formas de suprimento da incapacidade e ao Testamento Vital e Procuração para Cuidados de Saúde. De destacar a análise muito crítica feita pela Professora Laura Ferreira dos Santos, que nos deu o privilégio da sua presença e participação.

Houve ainda oportunidade de conhecer alguns projectos de investigação em curso a nível nacional e europeu (Actifcare e Rhapsody) bem como os avanços a nível da genética que foram explicados pela muito jovem Professora Rita Guerreiro.

Por fim, as estratégias políticas. Infelizmente, nada de novo foi traduzido. Apenas a notícia de provável reunião em Dezembro na Direcção Geral de Saúde sobre o «Plano Nacional para as Demências».

A Delegação da Madeira está de parabéns pelo empenho, pela qualidade do trabalho que desenvolveu e pela forma calorosa como desempenhou o seu papel de anfitriã. Dirigentes, técnicas e voluntários realizaram um trabalho de alto nível que muito orgulha a Alzheimer Portugal!