Trata-se de um edifício abandonado há vários anos e que antes foi palco das primeiras cirurgias modernas na região. Na altura, até início da década de 80 do século XX, a prestação de cuidados de saúde era localmente assegurada pala Misericórdia, com um hospital próprio instalado noutro ponto da cidade de Viana do Castelo.

“Temos um grande projeto programado para o local, que é belíssimo. Será um lar, um centro de dia e um centro para cuidados continuados para Alzheimer e outras doenças degenerativas. Ou seja, uma área essencial na nossa atuação e um projeto único a nível nacional”, explicou à agência Lusa o provedor da Santa da Casa da Misericórdia de Viana do Castelo, José Vitorino Reis.

O projeto, que já esta está ser preparado com entidades públicas, prevê um investimento global superior a cinco milhões de euros e uma candidatura a fundos comunitários. Está ainda prevista a concentração naquele edifício, depois da sua recuperação, de vários serviços prestados atualmente pela instituição, que apoia diariamente 360 utentes, entre lares, creches, infantários, envolvendo 110 trabalhadores.

“Vamos ter várias valências no antigo pavilhão cirúrgico, centralizando, por exemplo, cozinhas e lavandarias naquela zona, por razões económicas”, apontou ainda Vitorino Reis.

Só as cantinas sociais da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo servem diariamente 100 refeições à população mais carenciada, prestando ainda apoio domiciliário à população idosa.

O antigo pavilhão cirúrgico funcionou até meados de 1980, quando foi substituído pelo Hospital Distrital de Santa Luzia, contíguo. Depois de perder as funções ligadas à saúde, ainda foi ocupado por vários anos por uma escola profissional de música, até voltar a ficar abandonado, há cerca de uma década.

Situado na encosta do monte de Santa Luzia, o edifício tem três andares e foi parcialmente destruído por um incêndio, já depois de abandonado.

“Do edifício do pavilhão cirúrgico, que é do século XX, o que resta é a fachada, que será sempre preservada neste projeto”, rematou o provedor.

Fonte: RTP