Cantar pode não ser a cura para doentes de Alzheimer, mas ajuda a melhorar as suas funções cognitivas, como comprovou uma pesquisa recente.

O estudo, que durou 4 meses, avaliou o desempenho mental de pacientes que participavam em sessões de canto e de um grupo de controlo que apenas ficava a escutar. Nestas sessões eram introduzidos clássicos de musicais conhecidos pelos pacientes, como «Música no Coração», «Oklahoma», «O Feiticeiro de Oz» ou «Pinóquio».

Através dos testes cognitivos, feitos antes e depois das sessões, conclui-se que a capacidade mental do grupo que cantava melhorou, quando comparado com o grupo que apenas escutava as canções.

Embora a perda de memória e o declínio na função cerebral sejam características de demência, muitos pacientes demonstram uma capacidade impressionante de lembrar letras e melodias de músicas do passado. “Muitas pessoas cresceram a cantar as mesmas canções, fizeram-no por muito tempo e as memórias ainda estão lá “, explica Jann Flinn, neurocientista na Universidade George Mason, na Virgínia. “Quando começam a cantar podem reviver essas memórias.” As sessões de canto ativam assim algumas partes do cérebro. Por essa razão a neurocientista afirma que os lares de terceira idade deveriam incluí­r aulas de canto, por serem baratas, divertidas, benéficas para pacientes com doença de Alzheimer.

Estes resultados coincidem com outros estudos na área. Em setembro, pesquisadores da Universidade de Helsínquia analisaram o impacto de um curso de canto de 10 semanas em pacientes com demência. Cantar e ouvir música melhoraram o humor, a orientação e certos tipos de memória.

Fonte: Activa